domingo, 30 de junho de 2013

Brasil X Espanha -> E eu pensando no Herzog...

Final da copa das confederações, copa esta que eu não acompanhei por conta dos protestos que assolam o Brasil e da indignação que tomou conta de todos ao perceber que a copa do mundo pode se tornar o pior exemplo de corrupção e superfaturamento em todo o planeta e em todas as copas. E isto num país como o nosso, tão carente de infraestrutura e justiça social. Que o Brasil vença a Espanha, que o Brasil goleie a Espanha; que o Brasil perca da Espanha, que o Brasil seja goleado pela Espanha, mas que, no fim de tudo isso; não esqueçamos que precisamos de um país moralizado, mais justo. E neste momento lembro-me do Vladimir Herzog, li muito a respeito dele, inclusive um livro do Paulo Markun, o “Meu Querido Vlado: A Historia de Vladimir Herzog e do Sonho de Uma Geração”. Quem ler a respeito dele verá acima de tudo, um pacifista; assim o vejo, sem pegar em armas, foi torturado e morto em 1975... Um dos motivos de sua prisão foi um duro discurso proferido por José Maria Marin, Presidente da CBF e responsável pelo futebol brasileiro neste instante, Marin, acusado de roubar medalhas, sucessor de Ricardo Teixeira, figuras ilustres que vivem chafurdadas na lama das denúncias de corrupção e, Presidente da CBF. Dilma, torturada na mesma época, não se constrangeu em ficar do lado da figurinha na abertura da copa das confederações, pior... Não dificultou em nada o trem da corrupção na pior organização de copa de todos os tempos, do ponto de vista do custo superfaturado, a esta altura fica difícil reverter os estragos já feitos onde tudo sair no mínimo 40% mais caro, este gerenciamento destrói o orçamento de uma família, de uma empresa, de uma nação... As vaias recebidas por ela na inauguração foram poucas, perto de todo o mal causado. Hoje, quer o Brasil ganhe ou perca da Espanha, fica o ar de derrota: A CBF é presidida por esse homem de moral questionável (Não acreditem, pesquisem na internet), a Dilma faz papel de ridícula com a preparação da Copa, a FIFA e a figura do Sr. Blates começam a ser desmoralizada em todo o mundo e agora ele corre para justificar as inúmeras bobagens que sua instituição patrocina. As primeiras reações de Blates foram de covardia, fugindo para Turquia, as últimas, de necessidade de justificação, em função das notícias que se espalham na internet. Fica aqui então o meu desprezo por todos aqueles se utilizam do meu esporte preferido como forma de corrupção, fomentação de pobreza e esquecimento do real valor da vida humana. Mas quero lembrar mesmo é do Herzog, pouco lembrado como um pacifista, com sua morte utilizada para que surgissem salvadores da pátria dispostos a lutar por sua memória, mas na prática só a utilizaram para ingressar na política e, simplesmente, buscar o enriquecimento ilícito e o conforto proporcionado pelos cargos no poder. O pacifismo dele nunca é lembrado... Paz... Ele nunca pegou em armas... Paz... Nunca ninguém teve a coragem e a serenidade dele diante dos absurdos daquela época difícil... Ele conseguiu e entregou tudo o que tinha de precioso, sua vida, mas não maculou suas ideias e a sua moral, e se o fizesse, teria todas as desculpas imagináveis para isso. Vlado, onde estiver... Ficam meus agradecimentos e minha admiração, e perdoe este horrível país que você vê, capaz de ganhar tantas copas do mundo, mas incapaz de controlar a ganância dos ratos que tomam conta do erário público.

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